domingo, 12 de maio de 2013

Para minha mãe

Tinha então dez anos. Cursava a terceira série do primário. Do intervalo eu sempre voltava suado, exausto. Naquela tarde, ainda ofegante, quando fazíamos fila para retornar à aula, a professora me tirou da fila, e disse que fosse para casa, mas fosse direto para casa. Morávamos muito próximo do colégio de freiras. Logo avistei que muitas pessoas se aglomeravam em torno de minha casa. Minha mãe tinha partido. Ela partiu e deixou um vazio, um vazio que até hoje me machuca. Fiz 12 anos, e depois 22, agora, recentemente, 55, e não consigo superar a perda de minha mãe. Entretanto, o pouco tempo que me foi permitido conviver com ela foi o bastante para amá-la sempre, foi o bastante para entender o quanto uma mãe é importante na vida de uma pessoa. Ei, você, que tem a sua, antes de um presente, beije-a, hoje, no seu dia, e em todos os dias.

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